Surrender_ Cap 01


Cap 01


Ver aquelas patricinhas dando uma de boazudas na escola me tirava do serio, só que dessa vez eu havia pegado pesado e me arriscado demais. Dona Sandra estava me observando de longe, sentir um frio pela espinha.

“Amy você esta bem?” Waleska perguntou me fazendo voltar a realidade.

“Sim , estou. Só to meio chocada com o que aconteceu.’ Fingir que meu nervosismo fosse pela minha arte, mas meu nervoso era bem outro.

O sino do final da aula tocou, me fazendo suspirar, peguei minha mochila e fui direto pra saída deixando minha turminha pra trás. Na escola todos queriam ser meus amigos, a maioria por interesse por causa da banda, tinha a minha turma como qualquer adolescente, nossa turma era composta por, eu, Magal, Nando, Allan, Marcelo, Thayná, Waleska , Kauã e Maria Eduarda, Duda pros íntimos,o único que não era da escola era o Magal que era líder da banda junto comigo,pois ele já tinha terminado a o 2º grau. Eu vivia roxa, pois amava andar de skait, eu não podia sair levitando no meio do pessoal durante um tombo de skait por isso os hematomas e minha mãe pirava quando chegava em casa toda relada, ‘Imagina o dia que ela soubesse que Magal tinha me ensinado a pilotar moto’.

“Você aprontou de novo, não foi.” Magal perguntou quando me aproximei dele.
“So dei um banho de água nelas , mas acabei quebrando o bebedouro.” Falei pegando o capacete que ele estendeu pra mim.

“Quebrou ou retorceu. Amy você tem que tomar mais cuidado. Eles vão acabar descobrindo.” Ele me repreendeu.

“Aquelas patricinhas me tiram do serio.”

Sentei na moto e Magal acelerou indo em direção a minha casa. Meu pai é americano, seu nome é Charlie, minha mãe Denise, ela o conheceu quando foi passar as férias em Forks, ele tinha uma namorada, mas sabe como são as coisas, homens são tão imprevisíveis quando uma dose de bebida sobe a cabeça. Ele só soube da minha existência, depois de um ano que ele tinha se casado com sua namorada Renée que estava grávida nos dias de ganhar a Isabella, e eu já estava com dois anos de idade, foi um belo presente pra ele, ao invés de uma filha ele ganhou duas. Renée fez questão de me conhecer, sei lá, achei que ela deveria me odiar, pois fui concebida através de uma traição, mas ela era diferente era tão amável que parecia que eu era filha dela também.
Passei várias férias com eles, eu me dava tão bem com a Bela que quando as férias acabavam era a pior ora, eu estava com saudades da minha mãe, mas eu não queria ir embora. Eu e Bells chorávamos muito não queríamos ficar longe uma da outra.
Renée e meu pai se separaram quando Bells era bebe ainda, nas feria eu ficava com meu pai em Forks uma semana e a outra com Renée em Phoenix, ela não abria mão disso. Já havia um ano que não ia lá, meu pai sempre mandava as passagens de ida e volta, esse ultimo ano eu pude ir, pois dei pneumonia, logo nas férias, isso mata qualquer mortal principalmente quando esse mortal é uma adolescente. Nossos contatos foram restringidos a telefonemas e e-mail , eu já tinha minha segunda língua o Inglês, pois tive que aprender cedo.

Na escola era minha melhor matéria, melhor até mesmo que o português. No Brasil nos morávamos numa das residências do Dr. Adrian Cullen que ficava em Petrópolis, no meio da floresta, uma lugar cercado de árvores enormes e flores, longe da cidade, estávamos no inverno que esse ano levou meu querido sol embora, quase não dava pra se ver o sol , morávamos numa casa nos fundos da mansão, como ele vinha poucas vezes aqui no Brasil ,minha mãe era encarregada de tudo que fosse relacionado a casa grande ,como se fosse um governanta, ele aparecia só no inverno para passear, eu quando pequena tinha o visto poucas vezes ,eu tinha um medo mortal dele nessa época, ele parecia um fantasma com aquela pele pálida e fria, minha mãe dizia que ele era assim por que era estrangeiro. Minha mãe era discreta com os assuntos relacionados ao senhor Dr. Todo poderoso, quando um empregado o outro começava com comentário, ela logo cortava pela raiz.
Quando eu não ensaiava com minha banda “JUPES” depois da aula, eu chegava da escola e ia direto para a biblioteca que tinha na casa grande, eu ocupava meu tempo entre os livros, computador e o piano que ficava na sala de estar. 'Mas um fim de semana perdido em casa, Eu em plena sexta feira socada em casa, pelo menos tem o sábado pra salva.’ Pensei comigo mesma, eu entrava no meu quarto e esquecia da vida, a maioria das musicas da banda, eu fazia junto como Magal, e algumas eu me inspirava nos livros da biblioteca ,Magal era bem mais velho tinha vinte um, éramos amigos desde meus dez anos quando cantei numa comemoração da escola, minha mãe achava que ele era uma má influencia, acho que ela tinha era ciúme e medo dele fazer algo comigo, ele lutava kungfu era meu professor particular,em troca eu dava aulas de inglês pra ele, nas lutas ele sempre me deixava ganhar , quando ele vinha me ver, minha mãe ficava de longe observando, mas mãe é mãe fazer o que? Eu era diferente das outras pessoas, como posso explicar, conseguia fazer coisa que nenhum ser humano podia fazer, conseguia mover as coisas de lugar com a mente, conseguia controlar tudo que estivesse ao meu redor, conseguia ate controlar os elementos da natureza, adorava fazer redemoinhos com as folhas da arvores, no inicio eu fique assustada, mas agora eu já dominava bem meus poderes, no inicio só minha irmã Bells sabia, Magal descobriu no mesmo dia que nos tornamos amigos, achei que ele iria surtar, mas ele levou bem as coisas era meu amigo fiel e nunca contou pra ninguém, nem minha mãe sabia, imagina se ela soubesse, ela iria me trancar dentro de casa pra sempre com medo de alguém descobrir e me fazer de cobaia humana, eu vivia como uma garota normal às vezes acontecia coisas estranhas na escola e eu era culpada, claro, mas ele nunca suspeitaram de nada até hoje, a maioria dos alunos acham que a escola é assobrada isso era hilário, mas as vezes me sentia como uma aberração da natureza , Bells sempre disse que eu era especial e única , Bells e Magal me ajudaram muito a controlar isso tudo, acho que sem eles eu teria pirado, hoje tenho total controle disso. Eu tinha meu próprio estilo de roupa pode ser dizer, eu era influenciada por mim mesma Amy Martins Swan, até meu nome era Diferente.

“Prontinho você está entregue.”

Desci da moto e ajeitei a mochila nas costas, tirei o capacete pra entrega-lo..

“Amanha te busco as 20:00.”

“Magal vou tentar pedir primeiro, não gosto de mentir pra minha mãe.”

“Você que sabe. Mas  a coroa não vai deixar.” Magal riu quando fechei a cara. “Desculpa, sua mãe não vai deixar.”

“Eu vou ver o que faço.”

Me despedi dele e entrei  pelo grande portão, quando entrei em casa não tinha ninguém, minha mãe devia estar na casa grande, peguei o livro que estava lendo e fui atrás dela na casa grande. Eu e minha mãe sempre nos damos muito bem em relação mãe e filha, tirando o período de TPM que ela era insuportável, brigava até com o coitado do vento. Só tinha uma única coisa que ela em qualquer período vivia brigando comigo, os livro que pegava emprestado da biblioteca da grande casa, ela tinha medo de quando ‘senhor todo poderoso’ Dr Adrian descobrisse, fosse brigar, pois as maiorias dos livros tinham séculos, eram verdadeiras relíquias originais.

“Amy você pegou outro livro” ela me olhava brava, como se quisesse me bater “Quantas vezes eu vou ter que fala com você sobre isso.”

“Quando terminar eu devolvo mãe, eu não vou come o livro, só to lendo e já acabei, pode ficar sossegada. Ah! Mãe, quero te pedir uma coisa” ela fingiu que não tinha escutado minha ultimas palavras, eu detestava quando ela me ignorava.

“Amy você sabe muito bem que o DR .Adrian ligou avisando que vai chegar no final da semana que vem” sempre que ele avisava que estaria chegando ela arrumava um desespero pra deixar a casa impecável pra quando ele chegasse, fora a montoeira de comida que ela fazia, que as vezes ele ao menos tocava, talvez ele devesse trazer a comida do pais dele, ai ele não ia morrer de fome aqui no Brasil.

“Relaxa mãe ele não aparece há seis anos” olhei pra ela como uma cara de cão sem dono, e olhar inocente , isso sempre funcionava “Se ele realmente aparecer nem vai notar que os livros foram mexidos , ele não vai aparecer do nada, vai fazer barulho quando chegar de carro ou........ talvez quem sabe ele apareça como um fantasma pela casa – AHUUUUUUUUUU ” pulei da mesa a assustando com meu grito, ela jogou o pano de prato em mim.

Sai correndo pela casa, eu sempre achei ele estranho quando criança, imagina o que ele ia acha se descobrisse meu poderes, com certeza a estranha e sobre humana era eu e não ele, fui direto pra a biblioteca, abri a porta bem devagar como se fosse criança fazendo arte com medo se ser pega, coloquei o livro que tinha acabado de ler e comecei a procurar um livro que Bells tinha me dito na ultima vezes que conversamos pelo email –O morro dos vento ruivantes—ela já tinha lido umas duas vezes, continuei procurando por alguns minutos e ele , o danado do livro que eu queria estava na prateleira mais alta, peguei uma cadeira mas não alcancei, pensei em usar meu poder só um pouquinho, mas o medo de minha mãe me pegar no flagra, era melhor não arriscar, olhei ao redor da sala enorme da biblioteca e avistei um banco, coloquei ele em cima da cadeira, eu queria pegar o livro de qualquer jeito,mas na hora que botei a mão no livro eu escutei a voz que me assombrava quando criança.

“Boa tarde criança” uma voz forte e rouca soou fazendo um eco enorme dentro da biblioteca.

Eu me virei e desequilibrei do banco só senti meu corpo caindo, fechei meus olho e só escutei o barulho alto que o banco fez quando tocou o chão , ‘ai caramba será que to levitando, agora ferro tudo’, quando abri os olhos eu estava no colo dele, ele estava me olhando sério, sem nenhuma expressão, meu coração disparou ,não sei se foi pelo susto, pelo tombo que eu ia tomar, pelo meu segredo revelado ou se foi por ver ele, o rosto que me dava pesadelos era o mesmo de quando eu vi pela ultima vez , não tinha mudado nada, ficamos ali uns minuto um olhando pro outro como se fosse um imã que conectava o nossos olhos, quando minha mãe chegou o imã se quebrou.

“Amy que você aprontou dessa vez” quando ela viu o Dr Adrian ela se assustou.

“Dr Adrian o senhor já chegou? O senhor disse que ia vim só semana que vem.” ela olhou pra mim no colo dele “O que aconteceu? Eu escutei o barulho” pulei do colo dele mais rápido que eu pude.

“Eu, eu,eu ....”comecei a gaguejar. Ele saiu do nada, como? Será que ele era fantasma mesmo.

“Não foi nada demais” ele disse agora olhando pra minha mãe “Amy só estava tentando pegar o livro mais alto da prateleira” Ele deu um sorriso lindo. Como aquele rosto que era assustador pra mim quando criança se transformou num rosto mais lindo da face da terra? E ele lembrava meu nome. “Desculpe-me, ela se assustou quando cheguei e escorregou do banco se não tivesse chegado na hora, seria uma bela contusão nas costa, mas respondendo sua pergunta, resolvi vim antes, teremos visitas.”

 “Eu que peço desculpas, DR Adrian, mas eu já tinha avisado ela pra não mexer nos livros da biblioteca, mas ela é teimosa que nem uma mula” Minha mãe olhou furiosa pra mim “Amy vai pra casa agora, depois a gente conversa” Se ela pudesse me matar ela teria feito. Fiquei até com medo do seu olhar pra mim, o que uma TPM não faz.

“Mãe não foi por mal, eu não quebrei nada e nem estraguei nada” Sentir meu rosto corar de vergonha ela me chamou de mula na frente do dele.

“Não se preocupe Denise , quando vim aqui pela ultima vez ,ela era pequena, não achei que ela iria se interessar pela leitura, por isso não achava necessário falar algo sobre o uso dos livros” Ele olhou pra mim “Amy você pode ler qualquer livro que estiver aqui , a leitura é a melhor coisa na vida de um .....ser humano.”

“Obrigada DR Adrian” Eu respondi de cabeça baixa

“Não precisa ser tão formal, você pode me chamar só de Adrian” Ele disse me encarando com aqueles olhos dourados que parecia imã.

“Dr. Adrian vou arrumar o quarto para senhor descansar” Minha mãe disse pegando o banco que estava caído no chão.

“Eu realmente estou cansado da viajem” Ele olhou pra mim e andou na minha direção, ele se abaixou e pegou o livro que tinha caído junto comigo.  “O morro dos ventos Ruivantes?” E me fitou de novo me entregando o livro, eu dei um passo pra traz sem olhar pra ele “Interessante ,você já está com quantos anos mesmo?É um livro adulto pra você não acha?”

“Faço quinze semana que vem, minha irmã é, mas nova que eu dois anos e já leu umas duas vezes.” O encarei, eu tinha ficado irritada, ele me chamou de criança de novo? Mas passou quando encontrei aqueles olhos dourados, seu cabelo grande, sua boca era vermelho sangue, nossa eu nunca tinha reparado como ele era lindo. Claro eu só tinha seis anos quando achava que ele era fantasma. Será que ele lembrava que eu tinha medo dele? Será que percebeu minha expressão de susto com o passo que dei pra traz.

 “Você ainda tem medo de mim?” ele disse com um sorriso no canto da boca.

“N...ão eu era criança” gaguejei nervosa pois ele estava próximo de mim .

“Que bom” ele respondeu me olhando e saiu junto com minha mãe.

Peguei o livro e fui em direção a minha casa ,quando virei para trás, ele estava da janela me observando, me virei e continuei andando sem se virar de novo, entrei em casa e fui direto pro meu quarto, e comecei a ler o livro, mas não consegui prestar muita atenção no livro, aquele olhar em minha mente, aquela boca, “aiiiii.” Para de pensar nisso, eu me repreendia, passei o resto da tarde trancada no quarto com meus pensamentos,  tentando me concentrar no livro.